quarta-feira, 17 de março de 2010

03. ENCICLOPÉDIA GALÁCTICA

Uma Viagem Pessoal

O tamanho e a idade do Cosmos ultrapassam a comum compreensão Humana. De onde é que vem o Universo?
Numa perspectiva cósmica, a maioria dos interesses Humanos parecem insignificantes até, diria, mesquinhos. Lutamos por tudo, com todos, uns e outros, guerras e mais guerras, às vezes para nada e, por fim, não nos serviu de nada. E, todavia, a nossa espécie Humana é jovem, é curiosa, é corajosa e mostra-se prometedora.
Nos últimos milénios fizemos as mais surpreendentes e inesperadas descobertas sobre o Cosmos e o lugar que nele ocupamos. A Terra é um lugar e não é, de modo nenhum, o único lugar. A Terra é a nossa casa, a nossa origem. Assim como eu penso sempre que estou e sinto-me em casa, mesmo que esteja no ECV (não é caçador António Mendes?). A Terra é um mundo pequeno e frágil, necessita de ser tratada com carinho.

Estas descobertas recordam-nos que os seres Humanos evoluíram, para descobrir que o Conhecimento é um prazer, que o Saber é uma condição indispensável à sobrevivência.

Como já sabemos, começamos com ALFA (por acaso já sabes quem foi, meu Caro Amigo Obelix?), com BETA, com a cidade de Alexandria fundada por Alexandre-o-Grande e construída pela sua guarda real e onde existiu a maior Biblioteca lendária que o planeta Terra já conheceu. Os reis Ptolomeus da Grécia, que herdaram a parte egípcia do império de Alexandre, encorajaram e financiaram a investigação científica.
400 Anos antes de BETA, Eratóstenes, a África foi circum-navegada por uma frota Fenícia a mando do faraó egípcio Necho. Fizeram-se ao mar e partiram do Mar Vermelho, seguiram pela costa leste de África até ao Atlântico e regressaram pelo Mediterrâneo. Esta viagem épica demorou 3 anos, quase tanto quanto uma nave espacial Voyager leva para ir da Terra a Saturno.
Depois de BETA, alguns terão tentado fazer a circum-navegação da Terra, mas até Fernão de Magalhães ninguém conseguiu.
Foi em Alexandria (já lá estive em Dezembro de 1960 quando vinha de Macau) que viveu uma grande quantidade de Sábios, exploradores da Física, Astronomia, Geografia, Matemática, Engenharia, Literatura, Medicina, Filosofia, Biologia, Fisiologia, etc.
Alexandria era a capital editorial do planeta. Foi aqui que a palavra cosmopolita atingiu o seu mais verdadeiro sentido – cidadão não de uma nação, mas do Cosmos. Ser cidadão do Cosmos é o que nós somos, meus Amigos. A palavra cosmopolita foi inventada por Diógenes, filósofo racionalista e crítico de Platão.
Por que razão o Ocidente adormeceu para só acordar um milénio depois, quando Cristóvão Colombo, Copérnico e outros, redescobriram o mundo criado em Alexandria? Não temos registo de que qualquer dos seus cientistas e estudiosos tivesse alguma vez desafiado a sério os princípios políticos, económicos e religiosos da sua sociedade. A permanência das estrelas era posta em dúvida, mas não a da escravatura. A escravidão tinha retirado à civilização clássica a sua vitalidade, a Igreja Cristã consolidava-se e tentava eliminar a influência e a cultura pagãs.
A Ciência nunca cativou a imaginação das massas. Vejam hoje, meus Amigos, é melhor ver futebol ou outra coisa qualquer, do que estudar Ciência, o Cosmos. Hoje, biliões de Humanos continuam na submissão do misticismo. Uns batem com a cabeça no chão, outros estão tempo demais nas igrejas qualquer que seja a religião, etc., etc.
Hiparco, que fez o mapa das constelações e determinou o brilho das estrelas.
Euclides, que brilhantemente sistematizou a geometria e despertou o interesse científico de Kepler, Newton e Einstein. E hoje, Michio Kaku, criador da Teoria das Supercadeias, Supergravidade e Física Nuclear. Steven Hawking, sucessor de Einstein, Teoria da Mecânica Quântica dos Buracos Negros.

Johannes Kepler nasceu em 1571, mais tarde escreveu “A geometria existia antes da Criação. É tão eterna como o pensamento de Deus… A geometria deu a Deus um modelo para a Criação… A geometria é o próprio Deus”.
Kepler era um pensador brilhante e um escritor lúcido, mas como professor era um desastre. Resmungava e gritava. Em 1616, a Igreja Católica proibiu as suas leis do movimento planetário, pois as opiniões eclesiásticas sobre os assuntos científicos eram consideradas de maior confiança. Por isso, punia até com a tortura e morte. Foi assim com Galileu Galilei que anunciou outros mundos, Giordano Bruno imaginara outras formas de vida e outros grandes cientistas, foram todos queimados vivos na fogueira.
Depois de várias descobertas, oito dias depois de anunciar a 3.ª Lei, Kepler foi ex-comungado da Igreja. A sua mãe, de 74 anos de idade, foi presa porque o cientista escreveu uma das primeiras obras de ficção científica, com a intenção de popularizar a Ciência. A sua mãe foi acusada de bruxa. A obra chamava-se Somnium (O Sonho).
(Cuidado aqueles que sonham…).
Johannes Kepler acreditava que um dia haveria naves espaciais, cheias de exploradores do Espaço. E, hoje, esses exploradores do Espaço utilizam as três Leis do movimento planetário que ele desvendou. Trinta e seis anos depois da sua morte, surgiu Isaac Newton.
Sir Isaac Newton nasceu em 1642. Era tão pequenino que a sua mãe disse que ele cabia dentro de uma caneca de cerveja (mas não é a da Cuca, meus Amigos).
Doente, sentindo-se abandonado pelos pais, insociável, gritava muito, virgem até ao dia da sua morte, Sir Isaac Newton foi, talvez, o maior Génio Científico de sempre. Actualmente, eu diria ALFA2. Concordas comigo Obelix? E tu astrónomo Guilherme?
Aos 20 anos, já na Universidade, comprou um livro de Astrologia, mas não compreendeu porque não sabia Trigonometria (até para o pessoal do 12.º ano já é difícil…). A seguir teve problemas com Geometria. Lá arranjou um exemplar dos Elementos de Geometria de Euclides. Dois anos depois, inventava o Cálculo Diferencial e Integral (foi este cientista que nos obrigou a quebrar a “tola”, não foi Godinho?).
Na sua obra-prima, Principia, lançou as bases da Teoria da Atracção Universal. O único ano comparável a este na história da Física foi o de Einstein, em 1905, com a Teoria da Relatividade Geral.
Quando lhe perguntavam como efectuava as suas surpreendentes descobertas, Newton respondia: - “Pensando nelas”.
O seu trabalho foi tão importante que o seu professor em Cambridge abdicou da Cátedra de Matemática em favor de Newton, cinco anos depois do jovem estudante ter retornado para a Universidade. Acho que ele tinha 28 anos.
Em 1696, Bernoulli desafiou os colegas para solucionar um problema que ninguém sabia resolver e deu um prazo de 6 meses para a entrega do resultado. Mas a pedido de Leibniz foi alargado para ano e meio.
O desafio foi entregue a Newton às 16h do dia 29 Janeiro 1697. Na manhã seguinte, antes de sair para o trabalho, tinha inventado um novo ramo da Matemática chamado Cálculo das Variações, com o qual resolveu o problema de Bernoulli. Pediu simplesmente para não ser identificado o autor da resolução. Quando Bernoulli viu a solução, comentou: - “Reconhecemos o Leão pelas suas garras” (não foi Carlos Louro?). Newton tinha, então, 55 anos de idade.
Perante a Grandiosidade e a Complexidade da Natureza ficava, tal como Ptolomeu e Kepler, extasiado e extremamente modesto. Antes de morrer, escreveu: - “Não sei o que pareço ao Mundo. Aos meus próprios olhos sou apenas um rapaz que brinca na praia e se diverte. Que de vez em quando, encontra um seixo liso ou uma concha mais bonita do que o costume, enquanto o Grande Oceano da verdade (COSMOS) permanece por descobrir diante de mim”. (também conheço alguém que vai à praia à procura de conchas e seixos, não é Carlos Louro?).
Dionísio da Trácia fez pelo estudo da linguagem o que Euclides fez pela geometria.
Herófilo, o fisiólogo que identificou que o cérebro é a base da inteligência e não o coração. E eu diria que o cérebro até parece um quadro eléctrico que, por qualquer motivo, desliga o diferencial e os disjuntores para se recuperar. E só depois começa a restaurar a ligação, primeiro o diferencial e depois um disjuntor de cada vez.
Heron de Alexandria, inventor das engrenagens de rodas dentadas (não é Costa?), dos motores a vapor e autor de Automata, o primeiro livro sobre autómatos (será que o engenheiro de robôs e irmão do caçador António Mendes sabe disto?).
Apolónio de Perga, o matemático que estabeleceu as formas da elipse, da parábola e da hipérbole (que tantos problemas nos causaram na escola, meus Amigos), das órbitas dos planetas, cometas e estrelas. Mais tarde, Johannes Kepler continuou o trabalho.

Arquimedes, o maior génio mecânico até à época de Leonardo da Vinci (tenham cuidado quando o Mário Rui se atirar para dentro de uma piscina, a água salta toda para fora. Se for o Obelix, não temos problema, que ele não sabe nadar…).
Ptolomeu, astrónomo e geógrafo, com a sua astrologia de que a Terra era o centro do Universo dominou durante 1500 anos. Apoiado pelos nabos da Igreja, incluindo os Papas, durante a Idade Média, o modelo de Ptolomeu impediu o progresso da Astronomia. Finalmente, em 1543, foi publicada uma hipótese muito diferente pelo polaco Nicolau Copérnico, de que no centro do Universo estava o Sol e a Terra passava a ser apenas o 3.º planeta a contar da estrela e movendo-se numa órbita perfeitamente “circular”.
Galiano com os seus escritos dominou as ciências médicas e da anatomia até à Renascença.
Hipátia ou Hipácia, matemática, astrónoma, física e responsável pela escola de filosofia neoplatónica, a última luz da Biblioteca, 7 Séculos depois da sua fundação.
Nasceu em Alexandria no ano 370, numa época em que as mulheres tinham poucas oportunidades e eram tratadas como objectos (já em 1979 quando estive no Iraque e durante os meus 5 anos, as mulheres árabes eram tratadas assim e ainda hoje o são, coitadas! Tudo ainda por causa da religião).
Segundo a História, ela era bela mas nunca casou. Cirilo, arcebispo de Alexandria, desprezava-a por causa da sua estreita relação com o governador Romano e porque ela era o símbolo da Sabedoria e da Ciência, que a Igreja nascente identificava com o paganismo.
Apesar do grande perigo que corria, continuou a ensinar e a publicar, até que no ano 415, a caminho do seu trabalho, foi atacada por um grupo de fanáticos partidários do arcebispo Cirilo (há também quem seja atacado no locais do seu trabalho, não é meus Amigos? O melhor é termos cuidado). Arrastaram-na para fora, arrancaram-lhe as roupas e separaram-lhe a carne dos ossos. Os seus restos foram queimados, os seus trabalhos destruídos e o seu nome foi esquecido. Alguém de Vós se lembrava desta beldade?
A Biblioteca foi queimada e destruída logo após a morte de Hipátia. Cirilo foi santificado.
A perda foi incalculável. Do conteúdo científico desta gloriosa Biblioteca não resta um único manuscrito. Na Alexandria moderna poucas pessoas têm uma pequena ideia e muito menos um conhecimento exacto da Biblioteca Alexandrina, ou da grande civilização Egípcia que a antecedeu de milhares de anos.
O mesmo posso dizer do resto do mundo. Somos tão ignorantes do nosso Passado. Pior ainda, eu diria que somos uns grandes nabos!

Hoje, ultrapassámos de longe a Ciência do Mundo Antigo, mas perdemos muita coisa com a destruição dos dados que estavam dentro da Biblioteca. O tesouro desta Biblioteca era a sua colecção de livros.
Graças aos avanços tecnológicos no campo da comunicação, o planeta Terra chegou ao ponto de se tornar uma só sociedade.

Sabemos também que no Universo existem biliões e biliões de galáxias. As galáxias compõem-se de gás, (não perguntem ao Augusto, senão ele vai pensar no gás que ele usa nos seus trabalhos), poeira e biliões de estrelas. Cada estrela pode ser um sol para algum Ser, pode existir planetas e, talvez, uma proliferação de formas de vida, seres inteligentes e civilizações que navegam já no Espaço.

Nós estamos num local do Universo conjuntamente com cerca de 20 galáxias, chamadas de Grupo Local, com uma distância entre elas de vários milhões de anos-luz. É um Grupo disperso e obscuro.
A nossa Galáxia, a Via Láctea, tem duas pequenas galáxias satélites a acompanhá-la. A Grande Nuvem de Magalhães, a 180.000 anos-luz de distância e com 24.000 anos-luz de diâmetro, assim chamada em homenagem a Magalhães que foi o primeiro navegador português que circum-navegou o nosso planeta. E a Pequena Nuvem de Magalhães, a 200.000 anos-luz de distância e com 12.000 anos-luz de diâmetro. Assim como, existem cerca de 125 Aglomerados Globulares ao redor da nossa Galáxia, formando uma espécie de halo.

A galáxia mais próxima da nossa Via Láctea e a maior do nosso Grupo Galáctico, cerca de 50% maior, é a M 31 – Andrómeda (M de Messier). Fica situada a 2 milhões de anos-luz da nossa Via Láctea. Vemos a sua luz na Constelação de Andrómeda. Quando quiserem vê-la à noite, depois de jantarmos na cantina do ECV, perguntem ao astrónomo Guilherme que ele sabe perfeitamente onde fica, mesmo não estando com o seu telescópio, pois pode ser vista a olho nu como se fosse uma mancha difusa (só espero que não tenham bebido Cucas a mais…).

A grande maioria das galáxias é idêntica à Via Láctea e á M 31, ou seja, espirais regulares com braços. Cerca de 25% de galáxias são espirais barradas, onde os seus braços partem de uma barra rectilínea de estrelas que atravessa o centro. Existe, também, outra pequena percentagem de galáxias de forma irregular chamadas elípticas, que não têm braços, variam de formas quase esféricas para elipses bem acentuadas e de tamanhos. Umas com cerca de 5.000 anos-luz de diâmetro e outras até galáxias supergigantes com vários milhões de anos-luz de diâmetro.
A M 31, á semelhança de outras galáxias espirais é uma enorme roda de estrelas, gás e poeira. Tem também dois pequenos satélites, que são galáxias elípticas anãs e que vão agarradas a ela pela mesma lei da física que faz com que eu me aguente sentado, a escrever isto para Vocês, meus Amigos.
As leis da natureza são as mesmas em todo o Cosmos.
A M 33 é a terceira galáxia do nosso Grupo Local em tamanho, ficando apenas atrás da M 31 e da Via Láctea. Ela tem metade do tamanho da nossa Galáxia e é também uma espiral regular com braços. Também fica a cerca de 2,2 milhões de anos-luz de distância. Podemos vê-la na constelação Triângulo.
As restantes 17 galáxias do nosso Grupo Galáctico são irregulares e elípticas.

Não muito longe, no exterior da nossa Galáxia, há certamente planetas que descrevem a sua órbita à volta das estrelas das Nuvens de Magalhães e dos Aglomerados Globulares que rodeiam a Via Láctea. Aqui estão nuvens de gás em colapso, sistemas planetários em condensação, supergigantes luminosas azuis e brancas, gigantes vermelhas, anãs brancas, nebulosas planetárias, novas, supernovas, estrelas de neutrões, buracos negros, pulsares, etc.

Também conhecemos a constelação M 51, é uma galáxia espiral na constelação dos Cães de Caça (esta é para o caçador António Mendes).
A galáxia espiral NGC 253 na constelação Escultor (NGC – New General Catalogue of Nebulae and Clusters).
A NGC 7331 na constelação de Pégaso.
A M 82 na constelação da Ursa Maior.
A galáxia gigante NGC 5128 na constelação do Centauro.
Também na constelação da Ursa Maior vemos a famosa galáxia espiral M101, situada a 23,5 milhões de anos-luz (É MUITO PERTO).

Mas existem galáxias elípticas gigantes, como a NGC 6251 e a M 87. Nestas até podemos ter os Quasares, quasi-stellar-objects. Ou seja, corpos celestes quase estelares. São versões monstruosas de pulsares? São buracos brancos? Mas ainda nada sabemos.
O Quasar OQ 172 afasta-se a 91% da velocidade da luz. Os Quasares ficam a milhares de milhões de anos-luz de distância (É MUITO LONGE).
Uma das mais longínquas é a galáxia supergigante 3C 123, (em que 3C significa – 3.º Catálogo compilado em Cambridge, Inglaterra) situada a mais de 8 mil milhões de anos-luz. Ela afasta-se a 45% da velocidade da luz. As luzes que recebemos agora saíram da supergigante quando a Terra ainda não se tinha formado. E como estará hoje a supergigante? Só iremos saber daqui a cerca de 8 mil milhões de anos (descansa Obelix que já não é nada connosco…).
A 3C 276 é o maior objecto que se conhece no Cosmos. A distância de uma extremidade para a outra é de 20 milhões de anos-luz (É MUITO GRANDE).

Existem estrelas como o nosso Sol que está sozinho, mas a maioria têm companheiras. São conhecidos por Sistemas Duplos, com duas estrelas descrevendo uma órbita em torno uma da outra. Também há os Sistemas Triplos, passando pelos grupos soltos de uma dezena de estrelas até aos grandes Grupos Globulares com cerca de 1 milhão de estrelas.

A Galáxia é um continente inexplorado, cheio de Seres exóticos de dimensões estelares. Eu sou da Ásia. O Luís, o Astrónomo, o Guerreiro e o Louro são da África. O Obelix e o Caçador são da Europa. Somos todos Seres exóticos mas não somos de dimensões estelares. Mas ainda estamos no início da exploração, meus Amigos.
As anteriores viagens de descoberta sugerem que muitos dos mais interessantes habitantes do Continente Galáctico ainda estão por conhecer e por imaginar.

Nesta imensidade cósmica deve haver civilizações mais antigas e mais avançadas do que a nossa.
O que Vocês acham meus Amigos?
Não deveríamos ter sido visitados? Não deveríamos ver naves extraterrestres no nosso Céu? Não é uma ideia impossível. Mas como poderíamos compreender uma civilização diferente da nossa actual?
És capaz de responder, astrónomo Guilherme?

Vamos viajar um pouco ao Passado.

Em 1801, Joseph Fourier, famoso físico francês, inspeccionando as escolas da sua província, descobriu um miúdo excepcional de 11 anos de idade. Chamava-se Jean-François Champollion.
Tinha um intelecto precoce e um notável dom para as línguas. Rapidamente conseguiu revelar os segredos duma civilização exótica, duma civilização do passado.
Estava fascinado pela colecção de objectos que o físico possuía aquando da sua viagem ao Egipto.
Como a França estava cheia de objectos dessa antiga civilização (fruto de roubo por Napoleão Bonaparte), Champollion estudou-a profundamente até conseguir resolver os hieróglifos egípcios. Na época, para os europeus, esta civilização era completamente estranha, um mundo de monumentos elevados e de nomes mágicos.
Dendera, Karnak, Luxor, etc. Cada desenho na sua escrita era um enigma proposto pelo Passado ao Presente.
Este Champollion converteu-se num grande linguista e mergulhou-se nos hieróglifos. O Egipto converteu-se na terra de sonho de Champollion.
Em 1828, após 27 anos depois da sua decisiva visita ao físico Fourier, Champollion chegou ao Egipto. Navegou lentamente pelo rio Nilo acima durante várias semanas, estudando e registando tudo o que encontrava.
Foi uma viagem através do Tempo e através dos Séculos a outro mundo. Passando pelo diverso cenário dos antigos mistérios que ele já tinha decifrado. Ficou impressionado com os grandes templos, percorrendo as enormes salas e tentando ler as inscrições exteriores, à luz da Lua.
Champollion descobriu, com alegria, que podia compreender os escritos das paredes e que já não havia nada para modificar. Que o nosso alfabeto é bom, aplica-se com igual sucesso aos monumentos egípcios da época romana e, o mais interessante, às inscrições de todos os templos, palácios e túmulos da época faraónica.
Champollion estava fascinado e impressionado pela grandeza que o rodeava e disse: - “É a união da graça e majestade mais suprema. Na Europa, somos apenas anões. Nenhuma nação, antiga ou moderna, concebeu a arquitectura com um estilo tão sublime, grandioso e imponente como os antigos egípcios”.
Perante o templo de Karnak, Champollion disse: - “Toda a magnificência faraónica aparece ante mim. O que tinha visto em outros lugares parecia-me miserável comparado com a concepção colossal que me rodeava”.
Quando era miúdo, com 11 anos, perguntou a Fourier o que significavam.
Agora, ao abrir este canal de comunicação unilateral com outra civilização, ao permitir que uma cultura que tinha permanecido muda durante milénios, pudesse falar da sua História, Magia, Medicina, Religião, Política e Filosofia.

Nota:

Penso que quase nenhum de nós sabe desta que vou escrever agora.

Os encontros pacíficos entre civilizações diferentes não têm sido regra na História da Humanidade. Os contactos entre as várias culturas tiveram sempre um lado directo e físico. Nada que se possa comparar com a simples recepção de um sinal de rádio.

1 – Em 1785, o Conde La Pérouse, notável explorador, chegou às costas do Alasca. Ficou deliciado com o lugar onde atracou e escreveu: - “Nenhum outro porto do Universo pode oferecer mais vantagens. Encontramos alguns selvagens que nos fizeram sinais de amizade, abanando estandartes brancos e vários tipos de peles. Para grande espanto nosso, estavam habituados ao comércio e ao roubo”.
La Pérouse acatava as ordens reais de agir pacificamente, mas queixou-se de que “os nativos pensam que a nossa paciência não tem limites”. E lá continuavam com os seus roubos.
La Pérouse desdenhava esta sociedade. Contudo, nenhum dano grave foi infligido por uma cultura à outra. Depois de reaprovisionar os seus dois barcos deixaram Lituya Bay no Alasca, para nunca mais voltar.
A expedição naufragou no Pacífico Sul em 1788 e toda a tripulação morreu excepto um dos marinheiros.
Quando La Pérouse recrutava a tripulação para os seus navios, muitos jovens valentes e arrojados foram recusados. Entre eles encontrava-se um oficial de artilharia chamado Napoleão Bonaparte.
Se La Pérouse tivesse recrutado Napoleão Bonaparte, a Pedra de Roseta talvez nunca tivesse sido descoberta. Champollion talvez nunca tivesse decifrado os hieróglifos egípcios.

2 – Um século depois, uma outra civilização atracou em Lituya Bay, no Alasca. Era também uma embarcação da civilização francesa.
Aquele povo, aqueles índios, os Tlingits preservaram por via oral uma história inteiramente reconhecível e precisa do seu primeiro contacto e quase pacífico encontro com uma civilização estranha. Acabaram por visitar as embarcações e trocaram as suas peles por muitos objectos, especialmente por ferro.
(Se ainda não tiveram oportunidade de ver, aconselho-vos Star Trek – O Primeiro Contacto).

3 – No início do séc. XVI, uma avançada civilização floresceu no México.
Os Astecas tinham uma arquitectura monumental, um sistema de arquivo extremamente elaborado (não está tão bem como o arquivo do caçador António Mendes), arte requintada e um calendário astronómico superior a qualquer outro existente na Europa.
Todos os intelectuais ficaram siderados com os livros Astecas, que segundo um deles, “quase parecem os dos Egípcios”.
Hernan Cortés, descreveu a capital Tenochtitlán como “uma das mais belas cidades do mundo… as actividades e o comportamento do povo são quase tão elevados, tão bem organizados e ordeiros como os dos Espanhóis. Considerando que são bárbaros, desconhecedores de Deus e sem qualquer comunicação com outras nações civilizadas, é notável verificar tudo o que possuem”.
Em 1521, dois anos depois de ter escrito estas palavras, Cortés destruía impiedosamente não só Tenochtitlán, como todo o resto da civilização Asteca. Apenas com um exército de 400 homens, composto de europeus e nativos, vence e destrói totalmente essa grande civilização de 1 milhão de pessoas.
Os Astecas nunca tinham visto cavalos, pois estes não existiam no Novo Mundo, nunca tinham inventado armas de fogo e nem sequer possuíam armas de ferro. No entanto, o fosso tecnológico existente entre esta cultura e os Espanhóis não era grande, apenas alguns séculos.

Somos talvez a civilização técnica mais atrasada na Galáxia Via Láctea. Se a dolorosa experiência dos conflitos culturais na Terra fosse padrão para toda a Galáxia, já deveríamos ter sido destruídos. Mas isto ainda não aconteceu. Talvez porque as intenções das civilizações extraterrestres sejam pacíficas, à maneira de La Pérouse e não à de Cortés.
(Aconselho ver algumas passagens da série Star Trek Voyager do Séc. XXIII e pensar no que diz a 1.ª Lei da nossa civilização, quando nos encontramos com outras civilizações mais atrasadas ou avançadas do que a nossa).

Hoje, também procuramos mensagens duma antiga e exótica civilização. Uma civilização oculta para nós, não no Tempo, mas no Espaço.
Hoje, procuramos uma mensagem nas estrelas. Ainda não o achamos. Ainda não temos um Champollion.
Estamos ainda a começar. Talvez aqueles que decifrarão as comunicações interestelares morrem, actualmente, em algum lugar do planeta Terra (foi o caso de Carl Sagan).
Os extraterrestres terão uma biologia diferente, uma cultura e uma língua distintas. Como poderíamos compreender as suas mensagens?

Todas as civilizações técnicas do Cosmos, por mais distintas que sejam, devem ter um idioma comum, chamado Ciência. As leis da natureza são iguais em toda a parte. Cada elemento químico tem uma assinatura específica no espectro.
Há padrões idênticos da luz de uma vela na Terra e na de uma Galáxia distante. O espectro não mostra apenas que os mesmos elementos existem em todo o Espaço, mas também que as mesmas leis da Mecânica Quântica regem os átomos em todas as partes.
Os seres que crescem em qualquer mundo, deverão enfrentar as mesmas leis naturais que nós.
Galáxias a milhares de milhões de anos-luz desenvolvem uma espiral, assim como a nossa Via Láctea. Operam as mesmas forças gravitacionais. As mesmas forças são comuns no planeta Terra. Os seres inteligentes de cada mundo, mais cedo ou mais tarde, compreenderão as leis da natureza.
Algum dia, talvez muito próximo, uma mensagem do Espaço possa chegar à nossa pequena Terra. Se quisermos compreendê-la, teremos de compreender a Ciência.

Se quisermos comunicar com uma civilização avançada, a nossa tecnologia tem de atravessar distâncias interestelares.
Hoje em dia já temos o maior telescópio de radioastronomia do planeta Terra, o Observatório de Arecibo, situado na ilha de Porto Rico. Estende-se por 305 m de distância e tem por objectivo captar ondas de rádio vindas das profundezas do Espaço.
Portanto, envia e recebe sinais de rádio. É tão grande e poderoso que poderia comunicar-se com um radiotelescópio idêntico (até com o telescópio do astrónomo Guilherme, apesar de ser muito menos potente) a 15.000 ano-luz de distância, que fica quase a meio caminho do centro da nossa Galáxia. Pois estamos num dos seus braços e distantes quase 30.000 anos-luz do seu centro.
Este radiotelescópio está a ser usado para procurar sinais de civilização do Espaço e, apenas uma vez, emitiu uma mensagem para um dos Cúmulos Globulares da nossa Galáxia, conhecido por M13, na constelação de Hércules, distantes 25.000 anos-luz (não se enganem com a M31 que é a grande galáxia Andrómeda).
É possível que as civilizações avançadas tenham já ultrapassado a fase da rádio para as suas comunicações.

Mas existe alguém ali fora com quem falar? Tu que tanto falas com outras pessoas, mesmo ao telefone, que dizes Obelix?
Será possível que a nossa estrela seja a única acompanhada por um planeta habitado?
Para mim é muito mais provável que civilizações técnicas sejam um lugar-comum no Cosmos.
Com apenas 400.000 milhões de estrelas, só na nossa Via Láctea, será que somos únicos? Que comentários tem o nosso astrónomo Guilherme?

Para mim, é muito mais provável que na nossa Galáxia esteja já com algumas civilizações avançadas e outras ainda por começar.
Será que alguém num outro planeta, de outro sistema solar, esteja a olhar para o nosso Sol e tenha as mesmas especulações?

Quantas civilizações avançadas com radioastronomia existem na Via Láctea?

Vamos fazer uma conta simples. Contas são com o nosso Luís Fonte que raramente falha.

Segundo a equação de Frank Drake da Universidade de Cornell, grande parte do Cosmos está contido nela.

Assim:

N = N* . Fp . Ne . F1 . Fi . Fc . FL

Em que

N - Número estimado de civilizações que podem estar na nossa Via Láctea
N* - Número de estrelas da Via Láctea
Fp - Fracção de estrelas que possuem sistema planetário
Ne - Número de planetas de um dado sistema solar onde se possa conceber vida (ex: - moléculas)
F1 - Fracção de planetas aptos em que a vida realmente surge (ex: - animais marinhos e outros)
Fi - Fracção mínima de planetas onde surgem seres inteligentes (ex: - humanos)
Fc - Fracção mínima de planetas cujos seres inteligentes desenvolvem uma civilização técnica capaz
de comunicar
FL - Fracção de tempo de vida planetária em que existiu uma civilização técnica avançada

Assim sendo, nesta Via Láctea, existem cerca de 400.000 milhões de estrelas = N* .
Na maioria destas estrelas existem planetas. Após vários estudos dos cientistas, vamos supor que apenas 1/1000 das estrelas tenham planetas = Fp .
Mesmo assim, vamos considerar 1 planeta como o nosso onde possa ter começado vida. Apesar de que apenas no nosso Sistema Solar, há vários corpos que podem estar aptos para algum tipo de vida. Além da Terra, é o caso de Marte e Titã = Ne .
Vamos considerar também apenas 1/100.000 mundos aptos para a vida por sistema solar = F1 .
Como as moléculas da vida se formam espontaneamente, assim como acontece na Terra, vamos supor que desta quantidade toda de estrelas, apenas cada 100.000 milhões produziu uma civilização técnica = Fi .
Segundo os cientistas, se por civilização técnica entendermos uma civilização caracterizada pela radioastronomia, então, a Terra só atingiu essa fase há apenas algumas décadas, ao cabo de milhões de milénios de existência. Sendo assim, também consideram apenas cada 100.000 milhões dos sistemas planetários que atinjam uma civilização técnica comunicativa. E não está fora de questão a hipótese de nos virmos a destruir no futuro (caso continue a haver caçadores com armas de destruição por esta Terra, não é verdade caçador António Mendes?) = Fc .
Para atingir a alta tecnologia, apenas consideram 0,1% desses sistemas planetários com essa possibilidade = FL .

Logo, o nosso amigo Luís Fonte, fazendo esta equação simples, vai dar aproximadamente:

N = 400.000.000.000 x 1/1.000 x 1 x 1/100.000 x N*/100.000.000.000 x N*/100.000.000.000 x 0,001

N = 64 Civilizações

No caso de alguma civilização conseguir aprender a viver com a alta tecnologia e ter uma evolução biológica, tais civilizações poderiam ter uma vida bastante longa e próspera. Nesse caso, o número de civilizações da nossa Galáxia atingiria os milhões.

Nota:

Para o caso dos milhares de milhões de galáxias existentes no Universo seria, por esta ordem de ideias e fazendo as contas com o nosso Amigo Luís Fonte, temos:

Cosmos = 64 x milhares de milhões de galáxias = Milhares de milhões de civilizações

Estas civilizações poderão ser do Tipo I , II , III ou IV , conforme já sabem.

Se houver milhões de civilizações na Via Láctea capazes de ter radioastronomia (vejam o filme “Contacto” e não adormeçam como o Obelix), a que distância fica a mais próxima?
Se elas se distribuem aleatoriamente no Espaço, a mais próxima estará a uns 200 anos-luz. Mas dentro destes simples 200 anos-luz existem centenas de milhares de estrelas. É como achar uma agulha num palheiro.

Há muitas fontes cósmicas de rádio que não provém de outros seres. Então, como saberíamos que estávamos a receber uma mensagem? É provável que algum novo Champollion começasse a decifrar a mensagem interestelar, o idioma comum da Ciência e da Matemática.
Receber uma mensagem interestelar seria transcendental na História Humana e o início de outra História. Deixaríamos de estar a sós neste braço da Galáxia.

Viajando à velocidade da luz, a mais próxima civilização demoraria apenas 200 anos a chegar à Terra. Mesmo que tenham apenas viajado mil vezes mais lento que a luz, eles poderiam ter chegado durante a ocupação da Terra por parte dos Humanos atrasados tecnologicamente.

Qualquer civilização técnica, após ter explorado o seu próprio sistema planetário e desenvolvidas as viagens interestelares, iria começar a explorar as estrelas próximas. Civilizações vizinhas podem gastar milhões de anos em tais pesquisas coloniais, independente ou conjuntamente, sem nunca se lhes deparar o nosso Sistema Solar.

O que significa para uma civilização ter 1 milhão de anos? Nós temos radioastronomia e naves espaciais há umas décadas. Tecnologia há umas centenas de anos. Se considerarmos o ritmo do nosso progresso técnico, uma civilização com milhões de anos estaria tão avançada em relação a nós, como nós estamos em relação aos símios.
Conseguiríamos dar conta da sua presença? A menos que essa civilização tenha evoluído para formas que nós somos incapazes de detectar. Se uma civilização avançada chegasse ao nosso sistema solar, não haveria nada que pudéssemos fazer. A sua Ciência e a sua Tecnologia estariam muito avançadas em relação a nós.
Só espero que seja à maneira de La Pérouse e não à de Cortés.

Nós já enviamos a nossa mensagem através de 4 naves espaciais, as Pioneer 10 e Pioneer 11 e as Voyager 1 e Voyager 2.
São naves atrasadas e primitivas que, confrontadas com as enormes distâncias interestelares, se deslocam com a lentidão de um sonho.
A Voyager 2 já esteve em Júpiter e enviou fotos das suas luas.
Ganimedes e Calisto (são maiores do que o planeta Mercúrio). Io e Europa (são do tamanho da nossa Lua). Estas quatro luas foram descobertas por Galileu Galilei e podem ser vistos com um binóculo ou com o telescópio do astrónomo Guilherme.
Amalteia, Júpiter 13 e mais satélites menores, constituem o grande Júpiter com 142.800 km de diâmetro. Este planeta é como se fosse um mini sistema solar. Pois o planeta é constituído por hidrogénio e hélio, conforme as estrelas.
A Voyager 1 já passou por Saturno com 120.000 km de diâmetro, que é talvez o mais belo dos nossos planetas, exceptuando a nossa Terra. Também ele é composto por hidrogénio e hélio. A nave passou também pelas suas luas e Titã é a segunda maior do nosso Sistema Solar, logo atrás de Tritão, uma das luas de Neptuno. Titã é quase do tamanho de Marte e a única que tem atmosfera.
As Voyager levarão 10.000 anos a atingir a estrela mais próxima, a Alfa de Centauro. Mas elas já enviaram o sinal que demorou cerca de 4 anos a chegar a Alfa.
Saudações em sessenta línguas Humanas, bem como o canto das baleias (podem ver mais um outro filme de Star Trek sobre este canto das baleias), fotografias dos Humanos, sons desde os primeiros tempos até à evolução da nossa espécie e à nossa mais recente tecnologia.

Tal como o canto das baleias é uma mensagem de amor que foi enviada para a profundeza do Cosmos.
Foi enviado também, os pensamentos e sentimentos de uma pessoa, a actividade eléctrica do cérebro, do coração, olhos e músculos. Foi a transcrição de um entre os muitos Seres deste planeta.
Talvez os destinatários não compreendam nada dela, mas também pode acontecer que uma civilização milhares de anos mais avançada do que a nossa, consiga decifrar esses pensamentos e sentimentos e apreciar os nossos esforços para os partilhar com eles.
Temos esperança de nos conseguir tornar membros de uma sociedade galáctica de civilizações comunicantes (vejam o filme – Missão a Marte).

Mas a Voyager prosseguirá a sua viagem pelo oceano Cósmico, para a primeira Circum-Navegação da Via Láctea em cerca de alguns milhões de anos.
Mas no futuro, as nossas naves serão mais rápidas e mais tarde ou mais cedo, terão tripulações humanas. Eu já não estarei cá mas irei sonhar. Quem sabe se não continuaremos a nossa vida para além da morte, conforme Allan Kardec, no seu famoso trabalho “O Livro dos Espíritos”, em que eu já li em 1979. E não é futebolista caçador António Mendes.

Pensemos na glória duma civilização exótica, mais avançada do que a nossa, recolhida pelos grandes radiotelescópios da Terra.
Talvez enviem uma compilação do Saber de um milhão de Mundos. A Enciclopédia Galáctica.

Vamos supor que a pudéssemos folhear. Escolheríamos uma zona muito bem explorada da Galáxia e lentamente veríamos vários mundos explorados.
Quando o estudo Galáctico abranger milhares de milhões de anos-luz, iremos ter a resposta de como se concentram as Galáxias no Universo. Hoje ainda não sabemos, mas já temos uma ideia. Estamos a estudar para isso.
O jovem Champollion inspirou-se lendo a descrição do Egipto de Fourier. Que impacto nos ia causar se pudéssemos estudar uma rica compilação não só de um mundo, mas de milhares de milhões?
Possivelmente, não muito longe do nosso Sistema Solar, achemos uma civilização técnica apenas um pouco mais avançada do que a nossa.
Vamos dar uma vista de olhos à Enciclopédia Galáctica.

Uma civilização mais avançada do que a nossa, a que altura estaria?
Talvez um dia haja um registo na Enciclopédia Galáctica para o nosso planeta. Ou talvez já exista em alguma parte, uns registos planetários a partir das nossas emissões televisivas ou de uma discreta missão de inspecção a outros mundos e luas do nosso Sistema Solar.

O que é que saberiam de nós?

Região – 806
Mundo – 806.4616.0110
Tipo de civilização – 1.0 J
Código de Sociedade – 4G 4 Humanidade
Estrela – G2 V
Planeta – 3
Primeiro Contacto – 1,21 x 109 s
Biologia – C , N , O , S , H2 O , PO4
Habitantes respiradores de O2 policromáticos
Tecnologia – Exponencial, armas nucleares, combustíveis fósseis
Cultura – 200 Estados nacionais
8 Potências globais em vias de homogeneização cultural e tecnológica

Sempre olhamos as estrelas e meditamos sobre outros seres pensantes como nós ou mais avançados.
Num vasto e antigo cenário Cósmico, além do entendimento Humano, estamos um pouco sozinhos (até parece que estamos no ECV longe da família, não é Caçador?).

Ao procurarmos inteligência extraterrestre, procuramos saber quem somos.

A procura por rádio de inteligência extraterrestre tem avançado.
Um radiotelescópio em Harvard, que capta 8 milhões de canais de rádio separados esteve a enxergar o Céu à procura de sinais.

Também existe uma pesquisa destas na Argentina.
Estas pesquisas são, de longe, as mais sofisticadas jamais tentadas.

Assim como a NASA também está a pesquisar estes sinais e não só.

A procura de inteligência extraterrestre é essencial para compreender a nós mesmos.


JR tem da NASA um Certificate of Participation com o N.º 82135 de 04/10/2008
que diz:
This Certificate recognizes that Joaquim Rocha has joined the Glory “Send Your Name Around the Earth” project Glory is a NASA Goddard Space Flight Center Mission

Nota:

Milhões de pessoas recebem mensagens da NASA, provenientes dos radiotelescópios, para que os seus computadores analisem os dados recebidos e os devolvam.

Astrónomo Guilherme

Todos nós iremos esperar pela tua escrita sobre o Cosmos.
Eu apenas escrevi alguma coisa sobre o Infinitamente Grande. Talvez irei escrever alguma coisa sobre o Infinitamente Pequeno.
Depende do que tu nos enviares.

Além de STAR TREK VOYAGER do Séc. 23 aproveita também e vê STAR TREK ENTERPRISE do Séc. 25.

Guerreiro, Rui

I have the first watch worn on the Moon. This is qualified by NASA for all manned space missions. It is a Ω - Omega Speedmaster Professional Chronometer.

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Tenham uma boa semana

JR

1 comentário:

  1. E eu que já estava contente só com a vida no ECV, afinal...
    RCM

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